31 de maio de 2010

Sobre quedas


Arthur não fazia mais parte da vida de Carolina. Apesar de todas as marcas, ele era agora como uma mancha de vinho numa toalha antiga: não fazia diferença, tanto fazia. Carolina pode crescer e testemunhar o chão, ao contrário do que sempre ouvira e até sentira, não era o fim. O chão era só mais uma etapa, como aprender a amarrar os sapatos ou andar de bicicleta. O processo de cair no chão é se espatifar fora um aprendizado incrivel. Com o passar dos dias, ela sorriu mais. O muque ficou mais forte. Os olhos se preencheram. E ela viu que era forte o bastante, que era grande o bastante para suportar.

Matheus Oliveira

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