24 de maio de 2010

De fada, de bruxa


Tenho quase a certeza de que ela não é desse mundo. Porque ela toca e para. Porque ela olha e para. Porque ela beija e para. O mundo para, a dor e até as águas do rio mais violento. Ela faz parar a dor de corações partidos e peitos abertos. Por isso essa certeza. De que ela pertence a outros mundos, tem outras luas, conhece outros povos. Não sabe o que é traição e nem consegue ser violenta. Tem jeito de fada, de bruxa, de anjo, de espirito. E como se não bastasse, é dona do olhar mais lindo do mundo, do sorriso mais quente do mundo e das mãos mais frias do mundo. E ela desfila por aí, feliz em ser filha, mãe e escrava do meu amor, absurdamente feliz em ser dona da minha paz. E é absurda em todos os sentidos, não enfraquece nunca, nunca. Tenho é orgulho dessa tua força que passa das tuas afinidades com os meus exageros. É a caixinha delicada do coração mais pulsante e lindo desse e de todos os outros mundos, e é por isso que eu faço questão de guardá-la para sempre.
Não vai embora, meu coração, por favor.

Matheus Oliveira à Barbara Bueno, luz de todas as manhãs e eternos olhos de jabuticaba

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