16 de maio de 2010

Fragmento


Arthur estava sentado na varanda de seu apartamento, com um suco natural (que Carolina jurava que faria bem). Fechou os olhos e tudo estava negro. Então ele apenas olhou a rua e sorriu, triste. Pegou o celular e passou lentamente todos os contatos. Ninguém. Nenhum número para discar, nenhum compromentimento. Porque ele havia sido expulso do coração de todas as pessoas, porque ele simplesmente não aguentava todas as pessoas do mundo, não sei, mas não sobrou ninguém. Nesse momento, quando ele já não sentia o chão embaixo dos seus pés tão firme quanto antes, ele se lembrou dela. Ele sabia que era amor e sabia que tinha acabado, mesmo que um dia ele tivesse dito que não. Foi então que ele ligou de novo para Carolina. Tentar consertar as coisas, por as coisas de volta no lugar. E ninguém atendeu.


Matheus Oliveira

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