Carolina passou a procurar nos jornais atestados de óbitos, pois somente uma morte inesperada agora traria alguma resposta. Arthur havia sumido e isso não era uma hipérbole. Nenhum endereço, carta, aviso, bilhete, telefonema, nada. Ele não havia deixado nara para trás. E como Carolina poderia agora ser forte e prosseguir? Ela poderia achar que era culpa dela, mas ela sabia que não havia feito nada de errado dessa vez. E embora não fosse a primeira vez que Arthur tivesse feito isso, Carolina ainda esperava por ele. E esperava só por ele, não procurava mais motivos e nem respostas, só o fato de que ele sempre voltava a ela era o suficiente. Ela sabia que, acima de tudo, o amava burra. Nenhum mundo aonde ele fosse tinha o poder de a atingir permanentemente, nenhuma loucura que ele cometesse tinha o poder de a afastar dele. E ela sentia que de alguma forma precisava de um tratamento para isso, pois tanto amor dava medo de infartar na rua.
Nas vezes anteriores, Carolina acreditou que ainda havia muito tempo para se consertar as coisas e que um dia, não muito distante, haveria a tão esperada paz entre eles. Ainda era cedo e, enquanto fosse cedo, Carolina sonhava. Mas agora, finalmente estava ficando tarde demais.
Matheus Oliveira
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