18 de abril de 2010

A sala de espera


Era como se os dois estivessem em uma sala de espera, aguardando um olhar mutuo, um sinal qualquer ou uma partida. Carolina estava num estado no qual ela nunca havia estado antes. Não havia dor, nem timidez, nem medo e nem vergonha. Ela estava ali do lado de Arthur e isso bastava. Não importava o que tinha acontecido no passado de cada um deles, não importa que eles tivessem se conhecido em período tão ruim e não importa o que viria a seguir, ali, do lado de Arthur, Carolina só conseguia sentir essa imensa proteção, como se nada de ruim pudesse atingi-la. Eles não sonhavam, nem sabiam, mas ainda haveria muitas coisas por vir: eles se reergueriam como duas grandes fênix, juntos, e logo após isso, haveria a grande separação. E se encontrariam e viveriam um para o outro, até que houvesse outro golpe do destino e os dois caissem juntos na mesma sala de espera.


Matheus Oliveira

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