23 de junho de 2010

Fogo cruzado

Carolina agora estava numa guerra, no meio do fogo cruzado. Haviam pessoas loucas por vingança e potenciais suicidas, e ela, mesmo não querendo se envolver, se envolvia. Mas de alguma forma, apesar de todas as quedas, homicidios, suícidios, apesar dos buracos, das marcas e das impressões, ela se sentia viva. Completamente viva. E protegida. Caio era uma espécie de muro alto feito de pedras fortes, impenetráveis. Ela sabia que nada a atingiria enquanto tivesse esse tipo de proteção. Carolina se recostava sobre ele, ele afagava seus cabelos desgrenhados e acariciava sua mão. Ela estava em queda livre e frequentemente consiguia respirar. E sentia que finalmente era bom durante o salto conseguir respirar fundo e não se sentir sufocada.

Matheus Oliveira

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